Dia das Mães: Ana Gabriela encontrou no lar sua maior missão
Ana é mãe de Bernardo, Sarah, Bento e Augusto Maria.

Em uma casa cheia de vida e pequenos passos apressados, Ana Gabriela, 34 anos, vive uma rotina intensa, cheia de barulho, amor e propósito. Jornalista por formação, ela hoje se dedica integralmente à sua casa e à educação dos quatro filhos Bernardo, Sarah, Bento e Augusto Maria.
Ana encontrou em sua vida familiar a mais profunda experiência humana, a maternidade vivida como missão.
“Eu e meu marido tivemos um longo namoro, ainda muito jovens. Trabalhamos muito e nos casamos na primeira oportunidade. Depois de um curto período pós casamento, decidimos que estava na hora de ter um bebê e rapidamente o positivo veio. Estava grávida de um menininho que iria virar minha vida ao avesso, o Bernardo, de coração bondoso e olhos humildes, que hoje está com 10 anos”, relembra.
Segundo Ana, o impacto da maternidade é grande. “Ter um bebê nos braços nos faz enxergar o tamanho da responsabilidade que uma vida traz, mas nos põe à mostra nossa miséria, nosso orgulho, mesquinhez, nossa pouca resistência perante as privações e desafios. Até então eu vivia somente satisfazendo minhas vontades, meus gostos e “achismos”, e de repente, tive de enfrentar um mar de dedicação desinteressada e cheia de amor. Foi um verdadeiro choque, mas ali eu enxerguei que precisava sair de mim, olhar para fora e ser a melhor mãe que eu poderia ser, ainda que totalmente falha, mergulhando naquela missão”, conta.
Depois de Bernardo, vieram Sarah, Bento e Augusto Maria. “Passados alguns anos chegou a Sarah, 7 anos, uma doce menina sagaz e destemida, o Bento, 4 anos, com suas sapequices e sorriso encantador e por último o Augusto Maria, 2 anos, um menino tão especial que me faz todos os dias encontrar o amor de Deus em seus olhinhos e tantos desafios que enfrenta”, relata.
Apesar de não ter sonhado com uma família numerosa, Ana e o marido abraçaram o crescimento familiar com fé e coragem. “Ter uma família numerosa nunca foi um sonho, mas ao longo da nossa jornada, entendemos que o casamento é uma união que deve comprometer ambos, deve unir o casal, não somente para satisfação momentânea, mas para uma missão que nos transcende e nos supera. Os filhos não são um direito, tampouco empecilhos, mas parte dos frutos que nosso casamento deve gerar. Deus erra? Não! E se Deus não erra, Ele sabe quantos filhos nós devemos ter, e nós devemos lutar para educá-los para serem humanos segundo seu coração”, diz.
De acordo com ela, a mãe tem um papel incomparável, mas o pai também. “Cada qual sustentando, encorajando e se envolvendo profundamente nas rotinas práticas e no planejamento educativo de cada filho conhecendo-os com profundidade. Aqui tem bagunça, brigas, vários desafios. Uma mãe normal, cheia de defeitos. Filhos normais, cheios de necessidades específicas. Mas não do jeito que a grande maioria pensa ao olhar quatro irmãos, ou seja, um caos, gritaria e confusão. Há muito mais momentos de paz, de alegria, de silêncio, de amizade, de ajuda ao outro. Mas afinal, a vida não deveria ser assim? Esses momentos são muito mais superiores em valor e importância, a grandeza deles ofusca qualquer intempérie”, admite.
Em um mundo cada vez mais imediatista e individualista, Ana Gabriela escolheu o caminho do cuidado, da dedicação silenciosa e da construção de valores dentro de casa.
“A maternidade não é dureza, tristeza e frustração. Ela é muito, muito mais que isso. Ela é a porta para tocarmos na miséria da nossa alma e ter a todo segundo uma oportunidade de ser alguém que luta pela virtude. Ela é o estreito caminho de amar alguém mais que nós mesmos. É tocar na exaustão, na falta de paciência, nas dúvidas do caminho e sentir saudades quando a noite chega e lembrar de cada um que está dormindo. É deitar e fazer o firme propósito de amanhecer uma mãe melhor”, garante.
Ao ser questionada sobre o que diria a uma mulher que sonha com a maternidade, ela responde com firmeza e ternura: “Não tenha medo de se gastar, de se doar, por amor, pois quando nós gastamos por um bem maior, é ali que nos encontramos verdadeiramente”.
Ana finaliza recordando uma frase de São Jose Maria de Escrivá. “Senhor, que eu tenha peso e medida em tudo, menos no amor”, porque com toda certeza ser mãe é amar sem medidas”.
Fonte: Redação - Fotos: Cedidas pela família
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