Projeto que garante leito separado para mães de natimorto é aprovado
O projeto de lei do vereador Gerson Alves surgiu do relato de mães que passaram pela experiência

Em uma decisão marcada pela sensibilidade e respeito ao luto materno, a Câmara Municipal de Assis aprovou na noite desta segunda-feira, 28 de abril, o projeto de lei do vereador Gerson Alves, que dispõe sobre a criação de leitos separados para mães de natimorto e com óbito fetal nas unidades de saúde públicas e privadas do município.
Gerson revelou que a proposta surgiu a partir da escuta atenta a mães que passaram por essa dolorosa experiência e compartilharam com ele o sofrimento adicional de permanecer em enfermarias ao lado de parturientes com bebês vivos. "Fui procurado por algumas mães que viveram na pele essa situação. A dor do luto já é imensa, e dividir o espaço com quem está celebrando a vida torna o processo ainda mais cruel", afirmou o vereador no texto.
De acordo com o projeto, as unidades de saúde credenciadas ao Sistema Único de Saúde (SUS) e também as da rede privada devem oferecer, sempre que possível e de acordo com a vontade da parturiente, acomodações em áreas separadas para as mães que sofreram a perda fetal. A regra se aplica tanto às mulheres que já passaram pelo parto de natimorto quanto àquelas diagnosticadas com óbito fetal e que aguardam a retirada do feto.
Além da separação física, o projeto prevê a possibilidade de encaminhamento para atendimento psicológico na própria unidade de saúde, caso seja necessário. Para Gerson Alves, a medida tem um impacto fundamental na saúde emocional dessas mulheres: "Essa experiência de vida e morte gera traumas profundos. Oferecer a opção de um espaço reservado é uma forma de acolhimento e respeito, que pode amenizar o estresse, a dor e o sentimento de impotência que essas mães enfrentam", explicou.
Importante destacar que o projeto não implicará custos adicionais para as unidades de saúde, pois trata apenas da gestão e reorganização dos espaços já existentes. "Não estamos falando de reformas ou de novas construções, mas de sensibilidade e de bom senso na utilização dos recursos que já temos", pontuou o vereador.
Agora, a proposta segue para sanção da prefeita, e a expectativa é de que a regulamentação ocorra, para que as mudanças sejam implementadas o quanto antes nas unidades de saúde de Assis.
Fonte: Assessoria de Comunicação
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