
Justiça absolve corréus após atuação de advogados de Assis em caso de mega apreensão de cocaína
As toneladas apreendidas em Assis estavam em um caminhão carregado com ração animal

Em uma das maiores operações já realizadas no Estado de São Paulo, a Polícia Militar Rodoviária de Assis apreendeu 3,25 toneladas de cocaína escondidas em um caminhão carregado com ração animal. A abordagem ocorreu no dia 4 de dezembro de 2024, na base operacional da corporação, localizada às margens da Rodovia Raposo Tavares (SP-270), durante uma única e bem-sucedida ocorrência. Três homens foram presos no local.
Apesar da gravidade do flagrante, a Justiça de Assis absolveu os corréus acusados de atuarem como batedores da carga. A decisão, proferida pela 1ª Vara Criminal da Comarca de Assis, reconheceu a ausência de provas que ligassem os réus ao transporte da droga. A absolvição foi fundamentada em um trabalho técnico, minucioso e bem estruturado conduzido pelos advogados Fahd Dib Junior, Henrique Nogueira Hernandes e Ana Carolina Prestupa — todos de Assis e sócios do escritório “Dib, Hernandes e Prestupa”.
A defesa se destacou ao comprovar, com base em dados oficiais, que os veículos dos acusados não trafegaram pelas mesmas rotas que o caminhão apreendido. Para isso, utilizaram informações do sistema DETECTA – MURALHA, das Secretarias de Segurança Pública dos estados de São Paulo e Mato Grosso, além de registros de torres de telefonia (Estações Rádio Base – ERB). A análise cuidadosa permitiu a produção de mapas e tabelas que demonstraram a completa ausência de relação entre os veículos dos réus e a carga ilícita.
Na sentença, o juiz responsável ressaltou a fragilidade dos elementos apresentados pela acusação:
“É certo que a participação desses acusados nos fatos merecia uma melhor apuração investigativa, inobstante as coincidências contidas na denúncia que não foram suficientes para justificar o decreto condenatório, razão pela qual a absolvição deles é medida de rigor, diante da fragilidade probatória”.
A carga de drogas, avaliada em R$ 130 milhões, representou um prejuízo significativo ao crime organizado. Os 2.280 tabletes, e 5,76 kg de haxixe, foram incinerados na tarde do dia seguinte, em operação coordenada pela Delegacia de Investigações sobre Entorpecentes (DISE) de Assis, com apoio da Força Tática da Polícia Militar, garantindo a eliminação imediata do entorpecente.
Fonte: redação Abordagem - fotos Polícia Militar Rodoviária
© Toda reprodução desta notícia deve incluir o crédito ao Abordagem, acompanhado do link para o conteúdo original.
Participe do nosso grupo do WhatsApp!
Fique informado em tempo real sobre as principais notícias de Assis e região
Clique aqui para entrar no grupo