Moradora pede ajuda para conseguir consulta neuropediatra para seu filho autista
Ela aguarda, há 8 meses, uma resposta da Secretaria Municipal da Saúde.
Bárbara Crispim Sanches Moreira, de 26 anos, procurou o portal Abordagem Notícias para pedir ajuda, pois precisa urgente passar seu filho, de 5 anos, em um neurologista pediátrico. Ele é autista, grau severo, e está desenvolvendo o TOD – Transtorno Opositor Desafiador.
De acordo com ela, que tem mais duas meninas, uma de 3 anos e outra de 3 meses, a situação não está fácil, pois os remédios não estão fazendo mais efeito.
“Estou tendo muito problema com a saúde em Assis, a estética da cidade está perfeita, mas não era isso que precisava. Não tem neurologista pediátrico. Tem um profissional de cada área, como por exemplo, fonoaudióloga ou psicóloga para mais de 300 crianças. O meu filho passou na neuro há mais de 8 meses. Era para voltar com 6 meses e a neuro pediu licença porque estava grávida e até agora não voltou. Ele toma a mesma medicação há 3 anos e já não faz mais efeito”, explica.
Segundo Bárbara, ele está agressivo, e ela, desesperada. “Durante a semana ele vai para escola, faz terapia, faz os projetos Fênix, Golfinho, mas no final de semana para mim é uma tortura. Não sei nem a palavra porque eu fico desesperada. Ele me bate, quebra minhas coisas, foge de casa. Moro perto da rodovia e ele sai correndo. Esses dias vi os carros por ele e se eu não agir vou acabar perdendo meu filho. Ele está correndo risco e não é falta de olhar, de cuidado. Um segundo ele acha uma brecha, ele vai embora mesmo, não está nem aí. Eu preciso de ajuda, não sei mais o que fazer”, desabafa.
Bárbara está pedindo socorro, pois garante que está chegandoao seu limite. “Esse problema não está acontecendo só comigo, isso acontece com todas as mães. Fiz um grito de socorro e postei vídeos nas redes sociais. Muitas mães mandando mensagens de apoio e eu estou chegando no meu limite. Pedi o óleo de canabidiol para a neuro que estava aqui, mas ela disse que foi ameaçada a perder o cargo se ela passasse essa receita porque era um medicamento caro para a prefeitura comprar. Isso precisa ser resolvido. Sei que o prefeito já está saindo, mas daqui para trás eu culpo ele e daqui para frente vou cobrar quem vai entrar. Eu nunca vou calar a minha voz. Sempre estarei atrás e encima porque quem está sofrendo sou eu”, diz.
“Tem dia que ele não come nada, tem dia que ele come demais, descontroladamente, ou seja, está todo desregulado, não sei mais o que fazer. Não sou de fazer barraco, sou a primeira a defender os profissionais que cuidam dos meus filhos, porque eu acredito muito neste vínculo saúde, escola e família, acho que isso dá muito certo e tem dado certo, mas agora o medicamento não faz mais efeito e no ponto que ele está não basta só o amor e o carinho e a paciência. Precisa do medicamento certo, porque não é só minha cabeça que está em jogo, é a vida, a saúde e a felicidade dele”, comenta.
Ela acrescenta que está de mãos atadas e precisa de um médico urgente. “Antes ele estava alegrinho, agora é uma criança que só chora de novo. Isso deve doer mais nele, do que em mim. Eu tenho certeza disso. É o que mais me dó. Me sinto inútil, não posso fazer nada por ele. Não tenho mais o que fazer. A gente liga, a gente pede, eles falam que vão arrumar e nessa fico esperando e nunca chega uma ajuda. As mães de Assis têm sofrido caladas. Não estamos mais aguentando e se continuar desse jeito não sei o que vai ser. Preciso de uma consulta em qualquer lugar, não tenho mais como esperar”, conclui.
Por sua vez, a Secretaria Municipal da Saúde afirmou que não tem este profissional em Assis e que é um problema sério de Assis e região. Anotaram o contato da mãe e disseram que uma equipe de regulação entraria em contato para resolver o problema.
Fonte: Redação - Foto: arquivo familiar
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