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POLÍCIA • 27/05/2024

Motociclista morto em fuga da polícia é velado no Cemitério de Assis

O corpo de Eduardo Firmino foi liberado do IML por volta das 21h30 deste 27 de maio.

Motociclista morto em fuga da polícia é velado no Cemitério de Assis

O corpo de Eduardo Silva Firmino foi liberado à família por volta das 21h30 desta segunda-feira, 27, para ser velado no Cemitério Municipal de Assis. Eduardo, de 22 anos, foi morto na manhã de hoje, após fuga, seguida de perseguição policial, finalizada em uma mata no Jardim Eldorado. O sepultamento será amanhã, em horário ainda não definido.

Segundo informações oficiais da Polícia Civil de Assis à redação Abordagem Notícias, os dois policiais militares envolvidos na ocorrência relataram que estavam em patrulhamento quando decidiram abordar uma motocicleta, Honda CG 150, Azul, que tinha dois ocupantes. O piloto, Eduardo, iniciou fuga, sendo a moto abandonada ao lado de um pasto, Os ocupantes teriam fugido a pé pela mata, sendo que um deles conseguiu escapar, enquanto Eduardo foi alcançado.

Os policiais alegaram à Polícia Civil, em depoimento, que Eduardo não obedeceu às ordens e iniciou uma luta corporal com um deles. Segundo os policiais, para se defender, um dos agentes teria efetuado dois disparos, seguidos de outros dois disparos pelo segundo policial, resultando na morte de Eduardo. A polícia afirma que uma arma de fogo, calibre .22, foi encontrada com ele. 

Segundo informações da DIG - Delegacia de Investigações Gerais, Eduardo, que possuía passagens policiais e prisões anteriores por furtos, morreu no local. A Polícia Civil conduzirá a investigação criminal, instaurando um inquérito para esclarecer os fatos e identificar o segundo ocupante da moto.

Por sua vez, a Corregedoria da Polícia Militar também foi comunicada e apurará o ocorrido, administrativamente.

A motocicleta, a arma de fogo, supostamente portada por Eduardo, e as armas utilizadas pelos policiais foram apreendidas para perícia. O local foi periciado pelo Instituto de Criminalística, e o corpo encaminhado ao Instituto Médico Legal de Assis. 

A família

A família de Eduardo está indignada com a situação, ocorrida um dia após manifestação pela morte de João Marcelo Novaes dos Santos, dia 29 de fevereiro de 2024, também durante abordagem policial. O ato ocorreu na quadra do Assis 3.

Suelen Thais Fernandes da Cruz, que foi casada com o pai do Eduardo, e era considerada uma tia por ele, admitiu que o jovem tinha histórico criminal, mas já havia cumprido pena. Segundo ela, Eduardo só fugiu da polícia porque não possuía carteira de habilitação (CNH).

Ela se expressou à nossa reportagem, pouco antes de sair para o velório: "Como ele poderia ser um bandido, e estar, na versão dos policiais, com uma arma dessa, de calibre 22? Ele entraria em luta corporal com um policial armado, e que ainda estava com mais um parceiro, no meio da mata? Isso é tudo mentira, um absurdo para justificar o que fizeram! O menino nunca pegou em uma arma. Ele pode ter qualquer defeito, ter sido preso por furto, mas isso ele nunca fez! Sempre foi um ótimo filho, pai e irmão, muito querido por todos. Deixou um filho de menos de quatro anos de idade", lamentou Suelen.

A mulher também criticou a abordagem policial: "A polícia está tratando pessoas, sem habilitação, ou documentos de motos, como se fossem bandidos. Estão agredindo vários por aí, porque dão fuga! Queremos policiais que ameaçam, agridem e matam? Que atiram em meninos que estão em fuga?, finaliza Suelen. 

Espaço aberto

Além de ter acesso às informações, por parte da Polícia Civil, nossa reportagem tentou, sem êxito, ouvir a Polícia Militar. Fica aberto o espaço, para a manifestação. 

 

 

Fonte: Redação - foto rede social




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